Dizíamos há alguns dias que o Malandro não é santo e que os Santos são muito, muitíssimo, malandros. É isso mesmo que confirmam os discursos e outro tipo de publicações e manifestações que temos observado recentemente, confirmando a moda já muito antiga, imposta na cultura política e social da cleptocracia do MPLA.
Por Domingos Kambunji
A deputada mimada, a que roga muitas pragas a quem criticar o seu narcisismo matumbo, balofo e com um cheiro intenso a catinga que exala, está muito chateada porque andaram a divulgar um vídeo de um ministro africano a levar umas “bufardas” na chipala, por ser corrupto.
É óbvio que não concordamos com esse tipo de justiça. Todavia, relembremos o outro tipo de justiça que é normal em muitos países africanos, especialmente em Angola, onde toda a gente está proibida de chamar ladrão ao ladrão e é obrigada a chamar-lhe presidente e que até era para ser emérito.
Nos países civilizados, no topo da hierarquia, existe um Tribunal Supremo. Em Angola há um Tribunal Super(enfermo) e outros, a níveis inferiores, sofrendo de doenças parasitárias crónicas.
É por isso que não ficamos admirados quando a figura de mais destaque em Angola é Bento Kangamba. Há muitos outros kangambas, na presidência de Angola, deputados, deputadas, filhos e filhas do presidente, ministros, generais e embaixadores itinerantes a tentarem destronar da posição cimeira o kangamba Bento. Ainda não conseguiram. O Bento é a figura que retrata mais fielmente a cultura política e social imposta pelo MPLA em Angola.
Mas regressemos à deputada mimada, muito infantilizada, demasiado limitada, exageradamente disparatada. Esta senhora ficou muito chateada por um ministro de uma país africano ter levado um arraial de porrada. A deputada deturpada não ficou chateada, chocada quando, em Angola, as ordens superiores do seu papá assassinaram o Rufino António, um menino que pedia que não derrubassem a cubata de lata dos seus pais num bairro de lata. A deputada mimada não ficou chateada com os fuzilamentos do Cassule, do Camulingue, do Ganga e de muitíssimos outros angolanos indefesos, nas Lundas e em outras partes do território nacional.
A deputada disparatada não ficou incomodada quando, há alguns dias, a “Pulhícia” do seu papá assassinou a tiro o cidadão angolano Pimbi Txifutxi, porque estava a decorrer uma manifestação pacífica no Cuango. A deputada mimada, mal acostumada não ficou indignada quando o MPLA, para compensar a morte desse cidadão angolano, resolveu indemnizar a família com 1 saco de fuba de milho, 1 saco de arroz, 5 litros de óleo e 5 quilogramas de açúcar.
Não consta que a deputada mimada, o Ministro da Injustiça e dos Direitos Desumanos, Rui Mangueira, a Porcariadoria Geral da Reipública de Angola ou o Tribunal Superenfermo se tivessem manifestado contra esta decisão do “Comité Central do MPLA” no Cuango. Quer isto dizer que, em Angola, o crime compensa porque as indemnizações a pagar aos familiares das vítimas são irrisórias, estão ao preço da chuva.
O ditado diz que “quem tem medo compra um cão”. Dizem que Zédu já aconselhou esta filha a comprar uma numerosa matilha.
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